quinta-feira, 13 de setembro de 2012
Ombusdman
O artigo "Práticas jornalísticas e políticas públicas: Estudo dos indicadores de análise das coberturas sobre crianças e adolescentes", do doutor em Comunicação Leonel Aguiar e do jornalista Vinicius Nader, estuda o comportamento dos veículos de comunicação na cobertura sobre a exclusão social de crianças e adolescentes. Os autores, entre diversas fontes, usaram para fundamentar a análise o portal ANDI (Agência de Notícias dos Direitos da Infância), ONG criada em 1990 que analisa a cobertura da imprensa assim como as políticas públicas.
Além de cobrir o tema "Infância e Juventude", a ANDI se dedica a falar sobre "Inclusão e Sustentabilidade" e "Políticas de Comunicação". Uma das sessões do site, chamada de "Radiografia da Cobertura", publica análises sobre o comportamento da imprensa em diversos assuntos. Um deles, levado ao ar no dia 20 de setembro de 2011, é entitulado como "Cobertura da violência contra a mulher está focada em casos individuais, em detrimento de discussão mais ampla sobre o fenômeno". Nele, um estudo do portal mostra que a imprensa trata a violência contra as mulheres como casos separados, ao invés de relacionar com um problema social.
Veja a conclusão do estudo:
Ao abordar a violência contra a mulher sob uma perspectiva individualizada e policial, a maioria dos veículos tratou o problema de forma descontextualizada das esferas de governo e dos esforços empreendidos para gerar soluções diante da questão.
• De acordo com os dados coletados, 73,78% das notícias que abordam a violência contra a mulher trazem um enfoque individual.
• No conjunto das matérias analisadas, pouco mais de 13% do enquadramento principal está relacionado ao Estado e suas ações para a prevenção e combate ao crime.
• A análise dos dados permite afirmar que o assunto vira notícia especialmente quando ocorrem casos reais de violência – sobretudo se a agressão for cometida por motivação passional e com crueldade. Esse perfil de noticiário ocupa geralmente as páginas dos cadernos/seções de notícias locais e de polícia.
• De acordo com os números coletados, 35,10% dos textos sobre violência cometida contra mulheres são publicados nas seções de notícias locais. Os cadernos policiais são destino de outros 15,70% desse noticiário.
Fonte: http://www.andi.org.br/inclusao-e-sustentabilidade/radiografia/cobertura-da-violencia-contra-a-mulher-esta-focada-em-casos-.
Além desse, existem outros estudos, em todas as editorias. Veja mais no site: www.andi.org.br.
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