domingo, 25 de novembro de 2012

Apurar é preciso



Em seu livro "O culto do amador", o historiador inglês Andrew Keen critica em como a evolução da internet, chamada por ele por "Web 2.0", afetou o jornalismo.

Segundo ele, existem muitas informações falsas na rede que são rapidamente repercutidas por grandes redes sem serem apuradas, além de novos profissionais que se fazem valer do anonimato da internet para aparecer ou até mesmo lucrar com isso.

Em seu texto, ele cita exemplos de vídeos divulgados em períodos eleitorais, sem autores, e outras ferramentas que começam a circular pela internet e causam grande repercussão, afetando a imagem dos envolvidos, como do caso de uma gravação semelhante a de um dos principais telejornais da Alemanha, em que a força política do partido neonazista era exaltada. A criação causou grande repercussão no país e demorou a ser desmentida.

Além disso, ele diz também que com a internet, não há mais critério noticioso. Keen questiona o fato de discussões políticas serem fomentadas por elementos pouco representativos e serem minimizadas por estratégias para se ganhar audiência. Em determinado trecho, ele diz que "a fotografia de um bebê libanês ou israelense morto não é um guia últi para a compreensão da complexa situação do conflito do Oriente Médio".

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