sexta-feira, 2 de novembro de 2012
Indústria do processo
Em texto publicado na Folha de S. Paulo, o jornalista Fábio Panuzzio, da Bandeirantes, relatou sua experiência como repórter de jornal e blogueiro, onde econtra um espaço mais livre para discussões. Entretando, ele teve de pôr fim ao blog por conta dos inúmeros processos que recebeu sobre seus debates políticos. Para o jornalista, o espaço na internet se tornou caro, literalmente, já que lá ele é independente e tem que lidar diretamente com suas ações judiciais, ao contrário de suas matérias publicadas no impresso, que ao serem questionadas contam com apoio da empresa.
Apesar de não ter sido condenado, ele teve de arcar com os diversos custos processuais, que para Fábio já constitui uma punição. Coincidentemente, ele foi "vítima" de textos que criticavam o deputado estadual José Geraldo Riva, réu em 120 processos por peculato, corrupção e improbidade administrativa, e de uma quadrilha de estelionatários e traficantes de trabalhadores brasileiros para os EUA. Como se vê, dificilmente ele cometeu injustiças ou foi leviano, até por sua posição.
Assim como ele, empresas, como o Jornal do Brasil, também sofreram com essa prática, que serve para conceder alibis aos que de alguma forma precisam dar uma resposta para a sociedade. Também é uma forma de calar jornalistas, denunciantes de suas praticas ilicitas.
No caso do Brasil, a indústria de processos já se comprovou eficaz justamente porque o poderio financeiro faz a diferença no trato com a Justiça, direta e indiretamente.
Assinar:
Postar comentários (Atom)

Nenhum comentário:
Postar um comentário